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<p>No embate que travam com concessionárias de energia pela utilização de postes, parte dos ISPs se notabiliza pelo desrespeito às normas que regem o compartilhamento desse tipo de estrutura. Não são raras as redes instaladas à revelia das companhias elétricas, sem a necessária aprovação prévia de projetos – que, muitas vezes, sequer existem –, que não atendem a padrões técnicos mínimos e, assim, expõem usuários à falta ou instabilidade de sinal e até a interrupção do fornecimento de energia elétrica, ocasionando acidentes que chegam a causar incêndios. A esses eventos, somam-se a instalação de cabeamento por pessoal inabilitado – o que pode resultar em quedas ou choques, por vezes fatais –, redes clandestinas e até as operadas por traficantes, como ocorre no Rio de Janeiro, conforme reportagem de Yuri Eiras publicada pelo jornal Folha de S.Paulo em 1º de setembro de 2022.</p>
<p>Esse cenário favorece as concessionárias perante a opinião pública, particularmente quando realizam ações para retirar redes de fibra de seus postes, o que afeta também os ISPs que obedecem – ou tentam – às normas de sua atividade. Caso notório ocorreu na Bahia. Após a concessionária Neoenergia Coelba anunciar que havia retirado 200 toneladas de cabos de seus postes em 2022, o sindicato local dos ISPs relatou supostos abusos que a concessionária estaria cometendo recorrentemente contra os provedores, como demora de até cinco anos para a aprovação de projetos para instalação de redes e a cobrança de quase R$ 14,00 por poste, sendo que o preço referência hoje é R$ 3,19.</p>
<p>Não são as únicas queixas do gênero e tão pouco se restringem à Bahia. Prova disso é que Anatel e Aneel encerraram, em abril último, uma consulta pública que buscava contribuições para que seja criada uma nova regulamentação para o compartilhamento de infraestrutura. Sem definição de datas para que esta seja redigida, aprovada e entre em vigor, o uso de postes e dutos subterrâneos por redes de telecomunicações segue regido basicamente por quatro resoluções conjuntas. As número 1, de 1999, e a 797, de 2017, são as principais.</p>
<p>A primeira dessas normas estabelece, em seu artigo 11º, como a solicitação deve ser feita pelos provedores e o prazo para a resposta da concessionária, que é de 90 dias. A Resolução 797, em complemento, determina que a contagem do prazo será interrompida caso o detentor – no caso dos postes, as companhias elétricas – solicite correção, esclarecimento e informação complementar. Atendida(s) a(s) demanda(s), a contagem será retomada.</p>
<p>Portanto, se forem verídicas as alegações do sindicato baiano quanto aos prazos praticados pela distribuidora em seu estado, a Neoenergia Coelba estaria atuando em total desacordo às normas que regem o compartilhamento de infraestrutura.</p>
<p>Para o provedor, o ideal é buscar a relação mais harmoniosa possível com a concessionária. Até porque, mesmo para algumas redes irregulares, as normas que regem o compartilhamento de postes garantem direitos – que, na prática, ficam condicionados às intenções da distribuidora de energia.</p>
<p>Esse tipo de ocupação, conforme a Resolução 797, pode ser classificada como “à revelia” ou “clandestina”. A primeira refere-se a redes que não tiveram projetos aprovados pelo detentor, “mesmo que o ocupante tenha contrato de compartilhamento” com este – ou seja, relativo a outra(s) rede(s). Diz a Resolução número 4, de 2014, que, exceto em casos emergenciais, provedores têm até 150 dias para adequarem suas redes (artigo 5º, parágrafo 3º). E, quando a adequação não for realizada, a concessionária terá ainda de recorrer à Comissão de Resolução de Conflitos para que possa retirar os cabos em questão. Na prática, porém, as notificações encaminhadas pelas companhias elétricas nessas situações estipulam prazos médios de 30 dias.</p>
<p>Consultorias regulatórias bem estruturadas são capazes de, nessas trocas de mensagens, valerem-se de conhecimento para buscar a boa relação necessária com as distribuidoras. Já quanto às ocupações clandestinas – cabeamento de empresas não identificadas ou que não têm contrato com a concessionária –, não há o que fazer: podem ser retiradas assim que a companhia elétrica as identifique.</p>
<p>O ideal para os provedores é aterem-se às resoluções para fazerem valer seus direitos, por exemplo, informando a Anatel sobre o encaminhamento de solicitação à concessionária, como determina a Resolução 797 em seu artigo 14. Este, em seu parágrafo 2º, prevê que “esgotadas as tentativas de negociação e não havendo acordo entre as partes, qualquer delas poderá solicitar a arbitragem das Agências”. Somente quando esgotadas todas as tentativas previstas nas resoluções, o provedor deve ingressar na Justiça com ação ou pedido de mandado de segurança que, ao transitar em julgado, tem efeitos definitivos.</p>
<p>Já o quanto é cobrado pelas concessionárias por cada ponto de fixação de rede em seus postes é tema polêmico. O valor de referência para tal é definido em R$ 3,19 pela Resolução Número 4, de 2014, em seu artigo 1º. Acrescenta no parágrafo seguinte que o valor poderá ser utilizado pela Comissão de Conflitos quando esgotadas as tratativas entre concessionária e provedor sobre o tema. No entanto, não prevê qualquer tipo de correção monetária.</p>
<p>Ao mesmo tempo, a Lei 9.472/1997 determina, em seu 73º artigo, que prestadoras de serviços de telecomunicações poderão utilizar infraestruturas como postes de “forma não discriminatória e a preços e condições justos e razoáveis”. Embora o valor citado na Resolução Número 4 seja, como diz seu nome, apenas um referencial, impõe-se aqui definir o que é “justo e razoável” quando não há reposição inflacionária há mais de oito anos e quando, conforme o sindicato dos provedores da Bahia, não balizaria uma cobrança que, na prática, seria quase quatro vezes superior.</p>
<p>Boas consultorias regulatórias podem ajudar os ISPs a buscar a legalidade plena em suas atividades. Mas, dentre estas, mesmo as que dispõem de equipes jurídicas, não realizam a defesa legal de provedores. Podem, porém, orientar sobre como e por quais caminhos seus direitos podem ser respeitados.</p>
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<p>Fonte: https://www.pontoisp.com.br/os-direitos-dos-isps-quanto-ao-uso-de-postes/</p>
<p>Por meio de decreto presidencial (nº 9.854, de 25 de junho de 2019), foi aprovado, instituindo o Plano Nacional de Internet das Coisas (PNIoT) e dispondo sobre a Câmara de Gestão e Acompanhamento do Desenvolvimento de Sistemas de Comunicação Máquina a Máquina e Internet das Coisas, órgão colegiado que irá supervisionar as ações no âmbito do Plano.</p>
<p>O Decreto considerou Internet das Coisas (IoT) como a infraestrutura que integra a prestação de serviços de valor adicionado com capacidades de conexão física ou virtual de coisas com dispositivos baseados em tecnologias da informação e comunicação existentes e nas suas evoluções, com interoperabilidade.</p>
<p>O decreto define "coisas" como sendo objetos no mundo físico ou no mundo digital, capazes de serem identificados e integrados pelas redes de comunicação; e dispositivos como sendo os equipamentos ou subconjuntos de equipamentos com capacidade mandatória de comunicação e capacidade opcional de sensoriamento, de atuação, de coleta, de armazenamento e de processamento de dados.</p>
<p>Um ponto importante é a definição de serviço de valor adicionado como sendo a atividade que acrescenta a um serviço de telecomunicações que lhe dá suporte e com o qual não se confunde novas utilidades relacionadas ao acesso, ao armazenamento, à apresentação, à movimentação ou à recuperação de informações, nos termos do disposto no art. 61 da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997.</p>
<p>Representantes da indústria enxergaram como positivo o PNIoT e ressaltaram que temas, como a tributação do Fistel, ainda demandam discussão, conforme apontou o Mobile Timeque ouviu seis representantes de diferentes segmentos do mercado. O TeleTime ressaltou que a regulamentação e fiscalização do Art. 8 do atual decreto caberá à Anatel, observando normas do MCTIC.</p>
<p>Já o Convergência Digital lembrou que o texto, que passou mais de ano na Casa Civil, foi elaborado para evitar que sejam cobradas, especialmente, o maior agressor tributário das telecomunicações, o ICMS, além das taxas incidentes sobre equipamentos de telecomunicações — de celulares a antenas — a título de Fistel, os R$ 40 de cada equipamento ativado ou R$ 5 na versão reduzida, para os sistemas de comunicação máquina a máquina.</p>
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<h6><em>Fonte: <strong>AbraNet</strong></em></h6>
<p style="font-weight: 400;">O Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações abriu nesta terça-feira, 2/7, uma consulta pública para subsidiar a elaboração de uma Estratégia Brasileira para Redes 5G. Ou seja, a exemplo da construção do plano nacional para a internet das coisas, o governo parte de diagnóstico de desafios e potencialidades e busca contribuições para mapear as oportunidades com a nova tecnologia.</p>
<p style="font-weight: 400;">Segundo explica o MCTIC, as perguntas da consulta foram divididas em cinco eixos temáticos: radiofrequência; outorga e licenciamento; pesquisa, desenvolvimento e inovação; aplicações; e segurança. As perguntas foram elaboradas a partir do texto base da Estratégia, documento disponível com o diagnóstico sobre o 5G.</p>
<p style="font-weight: 400;">Como parte desse diagnóstico, a pasta avalia que “as aplicações futuras demandarão muito da rede 5G, gerando pressão pelo adensamento de células e pelo uso de espectro, com consequente aumento do volume de recursos financeiros a serem nela investidos. É importante que não haja obstáculos regulatórios à expansão da rede 5G, e que esta ocorra de forma a evitar concentração investimentos apenas em estados e municípios específicos, buscando abranger as diferentes regiões do país”.</p>
<p style="font-weight: 400;">Além disso, aponta o MCTIC que o sucesso da massificação do uso de aplicações em 5G depende, em muito, do sucesso de medidas regulatórias, “especialmente por meio da desobstrução de barreiras ao licenciamento de estações e de compromissos de abrangência em licitações de espectro”. O documento conta com o leilão de frequências pela Anatel no início de 2020 e elenca as fatias do espectro já antecipadas pela agência, como 3,5 GHz ou 2,3 GHz.</p>
<p style="font-weight: 400;">O cenário é de que “a tecnologia 5G promoverá mais velocidade, maior capacidade de banda e maior conectividade entre dispositivos” e que “aplicações utilizadas em cidades inteligentes, veículos autônomos, procedimentos de saúde realizados à distância, assim como a automação e uso de robótica na produção e nos serviços, se tornarão parte do nosso dia-a-dia”.</p>
<p style="font-weight: 400;">“O 5G vai alterar a forma como vivemos e o Brasil precisa estar preparado para essa tecnologia. A ‘Estratégia Brasileira para redes 5G’ vai nos auxiliar a definir os valores, oportunidades e prioridades para esse novo tempo”, afirma o secretário de Telecomunicações do MCTIC, Vítor Menezes. A consulta, acessível <a href="https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/sessaoPublica/sessao_publica/estrategia5g.html">neste link</a>, recebe contribuições, a princípio, até 31/7.</p>
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<h6 style="font-weight: 400;"><em>Fonte: <strong>AbraNet</strong></em></h6>
<p class="story-body__introduction">Dois meses antes das restrições impostas por Donald Trump à gigante chinesa Huawei, uma das principais empresas na corrida pelas redes 5G no mundo, no interior de algumas das instituições mais importantes do país crescia uma preocupação: a ameaça que essa tecnologia poderia impor à segurança nacional americana.</p>
<p>A inquietação não tem a ver só com os perigos de espionagem e os supostos vínculos entre a Huawei e o Partido Comunista chinês - algo que a empresa nega com veemência.</p>
<p>Em 27 de março, a Marinha dos EUA tornou público um memorando dirigido à Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês), no qual se alarmava sobre a velocidade da implementação do 5G no país.</p>
<p>O documento, baseado em estudos prévios da Nasa e da Agência Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), adverte sobre a degradação que os sistemas de previsão meteorológica podem sofrer se o desenvolvimento da tecnologia 5G não for adequadamente regulado.</p>
<p>A NOAA não quis dar declarações sobre o tema.</p>
<h2 class="story-body__crosshead">Segurança de voos e planejamento militar</h2>
<p>Há também preocupação das forças armadas, já que ações militares navais e aéreas dependem muito de prognósticos climáticos para serem realizadas de modo seguro.</p>
<p>Acredita-se que o 5G poderia interferir diretamente no tipo de banda usado para medir o vapor da água, "requerido para obter parâmetros tangíveis de precipitações, como neve, gelo, chuva e altura das ondas", afirma o memorando da Marinha.</p>
<p>Essa degradação prejudicaria não apenas a segurança de voos militares, mas também o planejamento estratégico e de operações nos campos de batalha.</p>
<p style="text-align: center;"><strong><img class="img-fluid" style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto;" src="/files/shares/arquivos-posts/cobertura-5g-eua.jpg" alt="Debate sobre o 5G nos Estados Unidos" width="976" height="549" data-highest-encountered-width="624" />Discute-se se a instalação das bandas pode trazer perigos à segurança nacional dos EUA</strong></p>
<p>Como a medição de vapor da água é empregada para prever a trajetória, a intensidade e o posicionamento de fenômenos como ciclones tropicais, é possível que o efeito destes em terra acabe sendo mais devastador.</p>
<p>Os senadores americanos Maria Cantwell, do Estado de Washington, e Ron Wyden, do Oregon, pediram à FCC o controle sobre a oferta de bandas para a instalação do 5G, depois de vir à tona a informação de que foram vendidas redes de infraestrutura por US$ 2 bilhões sem que houvesse "garantias mínimas de proteção".</p>
<p>"Não podemos prejudicar a previsão climática e retrocedê-la aos níveis dos anos 1970", declarou Wyden. "Milhões de americanos vivem ameaçados por furacões, tornados e outros eventos climáticos extremos."</p>
<p>Os efeitos negativos do 5G seriam sentidos principalmente nas grandes áreas urbanas, onde os repetidores desse tipo de sinal estão sendo instalados em maior abundância.</p>
<p>Em 2017, o furacão Harvey devastou o Golfo do México e forçou o deslocamento de mais de 30 mil pessoas para abrigos emergenciais.</p>
<p>As perdas materiais alcançaram as dezenas de milhões de dólares, incluindo 2 milhões de barris de petróleo de refinarias afetadas na região.</p>
<p><strong><img class="img-fluid" style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto;" src="/files/shares/arquivos-posts/inundacoes-furacao-harvey.jpg" alt="Debate sobre o 5G nos Estados Unidos" width="976" height="549" data-highest-encountered-width="624" /></strong></p>
<p style="text-align: center;"><strong>Inundações provocadas pelo furacão Harvey em 2017; risco é que previsão de fenômenos semelhantes seja prejudicada</strong></p>
<h2 class="story-body__crosshead">Além dos EUA</h2>
<p>Algumas preocupações sobre o 5G transcendem os EUA.</p>
<p>"Existe um potencial de que emissões não desejadas do 5G empobreçam certas observações (meteorológicas)", explica à BBC News Mundo (serviço em espanhol da BBC) Mike Banks, gerente de operações da agência meteorológica do Reino Unido.</p>
<p>"Atualmente, o Reino Unido e a Europa recomendam que a banda 26GHz seja a pioneira no 5G. O problema para a comunidade científica é que nossos sensores de vapor d'água operam em uma banda adjacente à 26GHz. Estudos mostram a necessidade de limitar a banda aplicada para o equipamento do 5G de forma a proteger os dados recebidos pelos sensores em questão. Dentro da Europa, esses limites foram estabelecidos e oferecem a proteção requerida."</p>
<p>Outra questão diz respeito ao comércio marítimo, que responde por cerca de 90% do comércio internacional, segundo dados de 2016 da Organização Marítima Internacional (OMI).</p>
<p>Dada a instabilidade do clima nos oceanos, especialistas explicam que previsões do tempo são essenciais para evitar que fortes ventos, tormentas e ondas causem danos às tripulações e às cargas de embarcações.</p>
<p><strong><img class="img-fluid" style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto;" src="/files/shares/arquivos-posts/comercio-maritmo.jpg" alt="Debate sobre o 5G nos Estados Unidos" width="976" height="549" data-highest-encountered-width="624" /></strong></p>
<p style="text-align: center;"><strong>Comércio marítimo também depende da previsão climática</strong></p>
<p>Outra questão diz respeito à comunicação entre embarcações.</p>
<p>"Cada rota comercial é desenhada com muito cuidado para ser realizada da forma mais eficiente possível, em busca de economia de energia e combustível", diz à BBC Carleen Lyden Walker, embaixadora da OMI.</p>
<p>Sobre a tecnologia 5G, ela afirma que "há muita política e interesse econômico por trás. No longo prazo, confio que essa tecnologia permitirá incrementar o número de satélites no espaço, o que sem dúvida será uma revolução nas comunicações".</p>
<h2 class="story-body__crosshead">Mais exposição a hackers</h2>
<p>Sem dúvida, uma das grandes revoluções a serem trazidas pelo 5G será um novo impulso ao que se conhece como "internet das coisas".</p>
<p>É a concepção de um novo mundo hiperconectado em que geladeiras, carros e aparelhos de ar-condicionado estarão ligados à web, recebendo e transmitindo informações.</p>
<p><strong><img class="img-fluid" style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto;" src="/files/shares/arquivos-posts/5g-iot.jpg" alt="Debate sobre o 5G nos Estados Unidos" width="976" height="549" data-highest-encountered-width="624" /></strong></p>
<p style="text-align: center;"><strong>5G vai impulsionar a 'internet das coisas'</strong></p>
<p>"Ter tantos dispositivos conectados aumenta o risco de ciberataques", explica Soledad Antelada Toledano, engenheira de cibersegurança do Berkeley Lab, na Califórnia.</p>
<p>"A maior exposição e a vulnerabilidade ante os hackers se intensificam."</p>
<p>Antelada afirma que o grande desafio da "internet das coisas", que vai crescer com a nova geração de conectividade, é garantir a segurança dos usuários perante o perigo de que seus dados sejam hackeados.</p>
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<p><em>Fonte: <strong>BBC</strong></em></p>
<p>Cabos de rede são a última coisa nos nossos pensamentos durante tudo isto. Afinal de contas, virtualmente todos os dispositivos modernos – desde smartphones e consolas de jogos até set-top boxes – são capazes de comunicar sem fios com redes. Em alguns sítios, esta rede sem fios é conhecida como WLAN (“Wireless Local Area Network”). Internacionalmente, bem como em Portugal, é normalmente conhecida como WiFi ou Wi-Fi, uma marca registada introduzida pela Wi-Fi Alliance. No entanto, estes termos não significam exatamente o mesmo. WLAN refere-se a uma rede sem fios em geral. Wi-Fi (ou WiFi) refere-se especificamente a uma rede sem fios constituída por componentes baseados nas normas 802.11 estabelecidas pelo IEEE (“Institute of Electrical and Electronics Engineers”).</p>
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<p><img class="img-fluid" style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto;" src="/files/shares/posts/wifi-faz-20-anos.png" alt="" /></p>
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<div>Em 1999, a norma IEEE 802.11a estabeleceu a base para a futura standardização do Wi-Fi. A certificação correspondente da norma para dispositivos fez mais do que apenas assegurar compatibilidade entre produtos de diferentes fabricantes: também tornou possível alcançar uma taxa de transmissão de dados muito maior do que a norma IEEE 802.11 original.</div>
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<div>A Wi-Fi Alliance era — e continua a ser — a força por detrás deste progresso. Olhar para os últimos 20 anos de desenvolvimento mostra-nos quão rápido o Wi-Fi se tornou numa peça essencial das nossas vidas:</div>
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<div>• Em 2004, uma rede Wi-Fi certificada foi usada num avião comercial pela primeira vez.</div>
<div>• Em 2009, apenas dez anos depois do lançamento do Wi-Fi, já existiam mil milhões de dispositivos Wi-Fi certificados no mercado.</div>
<div>• O número de hotspots Wi-Fi públicos subiu para mais de um milhão em 2011. Apenas dois anos depois, esse número ultrapassou os 5 milhões.</div>
<div>• Agora em 2019, o ano do 20.º aniversário do Wi-Fi, existem mais de 30 mil milhões de dispositivos certificados no mercado.</div>
<h2> </h2>
<h2>A evolução do Wi-Fi – mais velocidade e estabilidade</h2>
<div>O Wi-Fi deve o seu sucesso tremendo aos avanços na tecnologia e à rapidez da sua evolução. A norma 802.11a seguiu-se das normas 802.11b, 802.11g e 802.11n: as novas adições refletem melhoramentos nas bandas de frequência — e as velocidades de transmissão mais altas que trazem consigo. A norma 802.11b fornece taxas de transmissão de dados com um máximo de 11 Mbps na banda de 2,4 GHz. A 802.11g usa a mesma banda mas permite taxas de transmissão de dados com um máximo de 54 Mbps. A 802.11n usa a banda de 2,4 GHz ou 5 GHz. A funcionalidade de dupla banda desta norma torna possível alcançar taxas de até 600 Mbps graças à transmissão MIMO.</div>
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<div>O desenvolvimento estandardizado tem a grande vantagem de permitir compatibilidade entre diferentes normas. Isto significa que a 802.11n é totalmente compatível com redes 802.11g e 802.11b. Como resultado, sistemas Wi-Fi existentes podem ser usados sem problemas independentemente do aumento de velocidades de transmissão e melhoramentos contínuos de estabilidade para os utilizadores. Desta forma, já não temos de lidar com problemas de configuração e comunicação entre dispositivos — e isto ajudou-nos a entrar na era atual de conetividade sem fios.</div>
<h2> </h2>
<h2>802.11ac – O inicio da era do gigabit</h2>
<div>O atual estado da arte da tecnologia é a norma IEEE 802.11ac. Esta norma é uma inovação sobre os últimos anos; a sua velocidade de transmissão pode teoricamente chegar aos 6,9 Gbps. Este aumento tremendo é possível porque a tecnologia apresenta uma maior cobertura de canais de transmissão até 160 MHz e até oito antenas que conseguem responder ao mesmo tempo. As poderosas especificações desta configuração fornecem maior estabilidade de ligação e velocidades de transmissão que competem com ligações Gigabit Ethernet.</div>
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<div>"Só as ligações com fios são verdadeiramente rápidas" é algo que se costumava dizer para desvalorizar as ligações Wi-Fi. Mas esta afirmação está desatualizada já há algum tempo. A simples verdade é que ligações Fast Ethernet a 100 Mbps são rápidas o suficiente para permitir que os dispositivos tirem partido de praticamente qualquer ligação doméstica à Internet sem qualquer perda. E conseguir esta velocidade não é problema para as redes Wi-Fi de hoje sob condições normais. No entanto, também é verdade que para ligações dentro de uma rede local (um servidor NAS, por exemplo) as soluções com fios podem ter vantagens. Mas só por enquanto: a evolução do Wi-Fi está longe de estar terminada. Aliás, muito pelo contrário.</div>
<h2> </h2>
<h2>Wi-Fi 6 – ligação simplesmente melhor</h2>
<div>O próximo nível na evolução do Wi-Fi é a norma 802.11ax. Ou se calhar devíamos dizer "Wi-Fi 6", uma vez que a Wi-Fi Alliance decidiu deixar os nomes crípticos antes de lançar a norma mais recente. Isto significa que Wi-Fi 6 é sinónimo de 802.11ax, enquanto que Wi-Fi 4 e Wi-Fi 5 substituíram as designações 802.11n e 802.11ac, respetivamente.</div>
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<div>O Wi-Fi 6 assinala outro aumento de desempenho na qualidade de ligação sem fios. A norma usa ambas as bandas de frequência de 2,4 e 5 GHz. Aumenta significativamente a eficiência e reduz os tempos de latência recorrendo ao método de modulação digital OFDMA (“Orthogonal Frequency-Division Multiple Access”). Para além disso, o Wi-Fi 6 permite que mais dados sejam enviados e recebidos ao mesmo tempo. Graças a estes melhoramentos, as taxas de transmissão de dados teóricas do Wi-Fi 6 alcançam um valor perto dos 10 Gbps. A norma Wi-Fi 6 fornece um aumento de eficiência especialmente notável em ambientes onde vários dispositivos estejam ligados a uma mesma rede sem fios.</div>
<h2> </h2>
<h2>Devolo Magic – a base perfeita para Wi-Fi poderoso</h2>
<div>O Wi-Fi é algo de que as nossas casas — e todas as nossas vidas — dependem nos dias de hoje. Como resultado, ficamos muito mais frustrados quando obstáculos como paredes de betão, telhados reforçados com aço ou aquecimento central moderno interferem com o sinal. As redes Wi-Fi mais poderosas são aquelas que combinam o melhor de dois mundos: tecnologia Powerline e Wi-Fi. A tecnologia Powerline utiliza redes elétricas existentes para transmitir dados. Esta configuração significa que obstáculos físicos são facilmente ultrapassados e o sinal de Internet é levado diretamente para onde o utilizador precisa de um ponto de acesso Wi-Fi. </div>
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<div>Os adaptadores Magic da devolo oferecem uma potência enorme e baseiam-se na mais recente geração de Powerline. Estão disponíveis em duas versões: devolo Magic 1 Wi-Fi (velocidades de transmissão até 1200 Mbps) e devolo Magic 2 Wi-Fi (velocidades de transmissão até 2400 Mbps). Se quiser instalar uma nova rede doméstica, o Starter Kit com dois adaptadores é uma excelente opção. O PVP é de 199,90 euros para o devolo Magic 2 Wi-Fi e 149,90 euros para o devolo Magic 1 Wi-Fi. Os adaptadores estão também disponíveis individualmente para que possa adicioná-los à sua rede Magic de acordo com as suas necessidades.</div>
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<div><em>Fonte: <strong>TekCore</strong></em></div>
<h4>Se o país não avançar com a infraestrutura de telecomunicações perderá a competitividade e deixará de atrair novos investimentos, alertou o conselheiro da Anatel Aníbal Diniz. Milhares de municípios não têm redes de transporte de fibra, acessam velocidade de internet muito baixa ou não acessam a banda larga móvel. O maior problema continua a ser de onde virá o dinheiro para expandir essas redes, que demandarão investimentos de bilhões de reais.</h4>
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<p>O conselho diretor da Anatel aprovou hoje, 13 de junho, o PERT – Plano Estrutural de Redes de Telecomunicações – que faz um levantamento das localidades e tipos de redes de telecomunicações que não têm infraestruturas de telecomunicações necessárias para atender a demanda por acesso a internet rápida da população brasileira. O plano faz o levantamento dos problemas,e apenas elenca as alternativas regulatórias e legais que poderiam ser usadas para viabilizar os recursos necessários para a construção dessa infraestrturua, sem, contudo, poder contar com qualquer fonte de dinheiro segura.</p>
<p>” A 5G exigirá ampla margem de redes de fibra. O país que não tiver infraestrutura de banda larga perderá a competitividade no mercado internacional e não irá atrair novos investimentos”, disse o relator da proposta aprovada, conselheiro Aníbal Diniz.</p>
<p>Os três eixos prioritários para os futuros investimentos privados (e públicos, se um dia ocorrerem) são a ampliação da rede de transporte, a ampliação de rede de acesso e a construção de redes públicas essenciais.</p>
<p><strong>Os projetos</strong></p>
<p><em>**Construir rede de fibra óptica de transporte</em> onde for viável economicamente e tecnicamente em todos os municípios brasileiros que ainda não são ligados por essa infraestrutura. Onde não for viável, fazer a conexão com satélites ou rádios de alta capacidade.</p>
<p><strong>Existem hoje no país 2.028 cidades sem o atendimento de redes de transporte com fibra óptica</strong></p>
<p><em>**Expandir a cobertura de celular em 3G e 4G</em></p>
<p>**<em>Levar a tecnologia 3G ou superior nos distritos não-sede</em></p>
<p><strong>Existem hoje 3,8 milhões de brasileiros que moram em localidades sem acesso a internet pelo celular</strong></p>
<p>**<em>Levar a tecnologia 4G para todas as sedes municipais</em></p>
<p><strong>Atualmente, só há 4G nos municípios com mais de 30 mil habitantes. Existem 1.405 cidades que não têm acesso à 4G, o que soma 11 milhões de habitantes.</strong></p>
<p><em>** Levar cobertura móvel em estrada e áreas rurais com tecnologia 3G ou superior</em></p>
<p>Para as redes de acesso, o PERT prevê</p>
<p>** <em>Instalação de rede cabeada de alta capacidade nos municípios atendidos por rede de transporte avançada, mas que o usuário só tem acesso a velocidade média de 5Mbps.</em></p>
<p><strong>Existem 2.513 cidades cuja velocidade média da internet é de apenas 5Mbps . </strong>Segundo a Anatel, a velocidade média do Brasil é hoje de 20 Mbps.</p>
<p>Construção de Redes Públicas essenciais</p>
<p><em>**Implantação de rede de comunicação para serviços públicos como educação, saúde, segurança, defesa, RNP e Amazônia</em></p>
<p><strong>Fontes de recursos previstas para esses investimentos bilionárias</strong></p>
<p>O documento elenca as possíveis fontes de financiamento para corrigir essas carências</p>
<p>Saldo de recursos que poderão vir com a revisão do modelo de concessão previsto no PLC 79</p>
<p>Saldos dos Planos Gerais das Metas de Universalização (PGMU) – saldos de backhaul e dos postos de serviços</p>
<p>TAC (Termo de Ajustes de Conduta)</p>
<p>Obrigação de Fazer (trocar multas das operadoras por obrigações de investimentos na rede)</p>
<p>Licitações de Frequências</p>
<p>Revisão da Lei do Fust (Fundo de Universalização das Telecomunicações) para permitir que o dinheiro desse fundo possa ser usado na banda larga.</p>
<p>Atualmente, esse fundo já arrecadou R$ 22 bilhões (que seriam R$ 33 bilhões a valor presente) mas o dinheiro não é usado para as telecomunicações, e sim para atender a outras demandas do Tesouro Nacional.</p>
<p>Conforme Aníbal, a minuta de projeto de lei foi alterada em relação à primeira versão, não vinculando mais a contribuição ao Fust à taxas do Fistel (Fundo de Fiscalização).</p>
<p> </p>
<h6><em>Fonte: <strong>TeleSíntese</strong></em></h6>